/Planos
O substantivo na construção do sentido do texto
Ao nomearmos as coisas, atribuímos-lhes valores conforme as nossas impressões, as quais são frutos de nossas experiências pessoais e coletivas .
Representamos, através do nome, a idéia que temos dos objetos. (...) O nome tem (...) dois modos de significar: um que lhe é estável, convencional permanente (e se inscreve nos dicionários); outro que é recriado na enunciação, num processo de reavaliação do signo e reconstrução ideológica do objeto. Esse processo é carregado de historicidade e subjetividade. (FREITAS, 2008, p. 14)
Interatividade: O uso do hipertexto em sala de aula
Muito utilizado na era digital, o hipertexto facilita a vida do leitor. Na contemporaneidade com o excesso de informações, os textos ganham uma estrutura hipertextual, como forma de organização em rede, facilitando a interatividade textual necessária para a busca da informação com mais rapidez.
No hipertexto, o leitor passa a participar, pois ele pode escolher os vários caminhos dentro do texto, selecionando pontos que o levam a outros textos ou outras mídias para complementar o sentido de sua leitura e aprofundar sua pesquisa.
Diante desse novo jeito de leitura e escrita, ou seja, não-linear e não hierarquizada e que permite acesso ilimitado a outros textos em apenas um click. Qual o papel do professor ?
O papel do professor é auxiliar o aluno a ler e escrever diante desse novo paradigma, é o de leva-lo a ser um pesquisador e acima de tudo conduzi-lo ás várias oportunidades de estudo sobre os diverso novos gêneros digitais surgidos a partir da internet e do hipertexto, como por exemplo o e-mail, o chat, as redes sociais, os blogs, os sites, as videoconferências enfim, tudo o que as novas tecnologias trouxeram para a interação entre as pessoas.
MODAS E MODOS DE DIZER
As modas e os modos de dizer - Das gírias às outras linguagens
Essa aula parte da linguagem utilizada no cotidiano dos alunos para outras linguagens possíveis e necessárias à cada situação comunicativa, levando os alunos à reflexão o uso da língua oral e escrita, incentivando-os a serem pesquisadores e protagonistas da construção da sua própria competência comunicativa.
Variações linguísticas e concordância de número na oralidade e na escrita
Segundo Castilho,no português brasileiro, " a concordância não pode ser descrita em termos de regras categóricas. A postulação de regras variáveis capta melhor o que ocorre aqui, dada a complexidade dos fatores determinantes da concordância e a instabilidade em sua execução em nossa língua." Sendo assim, devemos atentar para o fato de que a variação linguística é inerente à língua e ocorre de forma sistemática e coerente em função de aspectos linguísticos e sociais.
Desse modo, a proposta dessa aula é a de que que os alunos tenham a oportunidade de observar o fenômeno da concordância em textos informais e formais na oralidade e na escrita, a fim de que possam perceber que nos textos reais, circulantes socialmente, há variação da concordância entre o verbo e o sujeito, por exemplo. Ou seja, que não existe uma única regra geral e exceções a essa regra, como é posto pela gramática normativa. O ensino da concordância deve olhar também para os casos que provocam maior rejeição por parte dos falantes das variedades de prestígio até chegar aos gêneros textuais mais monitorados. Essa abordagem de ensino demonstra a riqueza de possibilidades que os usuários de uma língua possuem ao criarem os textos pelos quais se comunicam, adequando-os ao contexto da situação comunicativa.
As relações semânticas sinalizadas pelos conectores como recurso linguístico em textos argumentativos
A argumentação tem a função de convencer, influenciar, persuadir o interlocutor. O objetivo do texto argumentativo é, portanto, apresentar uma tese sobre determinado assunto e justificá-lo com base em argumentos. Sendo assim, um dos recursos linguísticos utilizados nos textos argumentativos são os conectores de causa/consequência , contradição, condição, conclusão etc. Estudar essa estrutura a partir dos textos é propiciar condição para que os alunos apreendam sua utilização de maneira significativa e reconheçam o uso dos conectores não apenas com a função de ligar ou articular segmentos, mas principalmente, com o objetivo de indicar a orientação discursivo-argumentativa que o autor pretende atingir ao produzir seu texto.
A adjetivação em textos narrativos descritivos
A descrição centra-se na enumeração de detalhes de objetos, pessoas, lugares, fatos etc. Nesse modo de organização os seres são nomeados e qualificados, por esse motivo a adjetivação é o recurso linguístico mais marcante nesses textos. Além desse recurso, há outros que podem ser observados nesse tipo textual, tais como os verbos de situação ( no presente ou pretérito imperfeito do indicativo) e circunstancializadores de lugar. Na descrição predominam as sequências de localização ( palavras e expressões indicadoras de lugar).
Além de muito presente nas narrativas, a descrição aparece em outros gêneros : relatos, guia turístico, reportagem, enciclopédia etc.